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Uma amiga intitulou seu novo blog com essa frase “Tempo de Viver”. Uma frase forte, de impacto, uma frase que inspira… frase esta que faz com que sonhemos e queiramos viver mais, mais intensamente, mais e mais e mais.

Tenho a mania de colocar todos “no mesmo saco” falar no plural, incluir o mundo junto comigo… “vivemos”, “sonhamos”, mas a experiência me mostrou que são poucas as pessoas que tem uma verdadeira vida ou uma vida verdadeira. Agora tem que ser no singular, tive muitas vidas, já fui a filha, a mãe, a esposa, a namorada, a felicidade, a tristeza, a amiga, a decepção, o ombro, a boca, a bochecha e a coxa.

Poucos tiveram varias vidas, menos ainda a sensibilidade de saber as vidas vividas…

Ser a adulta adolescente ou a adolescente adulta, sentir saudade do que nunca se viveu e lembrar ao reviver a saudade nunca vivida, idealizar uma vida e viver a sua idealização…

Perceber o mundo real se tornar exatamente como aquele sonho inventado…

Não fazer sentido e não ligar… Ser a clareza em meio a contradição, ser quem levanta, ser o caído, saber sonhar acordada, saber sonhar dormindo, cair no sono sonhando, acordar -mais cinco minutinhos- acordar de novo, olhar pro lado e sorrir pra quem se ama.

Dormir com serenata, acordar com laranja lima….

Não querer fazer sentido e mesmo assim o fazer…

Perder tempo querendo explicar o mundo pra quem nem ao menos se conhece…

Viver, viver, viver…

Sorrir, chorar, cantar, ler, pensar, escrever…

Ir tão longe que não sabe mais onde está sua casa…

Ter atitudes banais em coisa séria, ter atitudes sérias em coisas banais…

Entender a bíblia, entender Nietzsche, entender o kama-sutra…

Viver em total contradição e harmonia com sigo, com o mundo e com Deus…

Buscar palavras e encontrar o choro, buscar ajuda e encontrar um abraço…

Buscar um amigo e encontrar um beijo…

Buscar um beijo e encontrar a sinceridade…

Mudar de sonho quando o mesmo se torna realidade, olhar pra trás e ficar feliz, olhar para frente e ficar com esperança, olhar pra si e desejar se conhecer mais, ter mais intimidade com todas as loucuras fascinantes que fazem a gente ser a gente mesma…

Cair na gargalhada sem motivos…

Chorar de felicidade…

Escutar Dave Brubeck, Sinatra, Jamelão…

Ir num rodeio, ir num baile funk, ir atrás do trio elétrico, ir no samba, ir no show, ir na praia, ir na igreja, ir para a boca da serpente, ir para o fundo do poço…

Cantar, dançar, pular, sambar, gritar, queimar, adorar, se iludir, chorar….

Viver, com tudo, de coração aberto, braços abertos, receber tudo que entra e afastar o que não tem haver…

Ser a menina, a mulher, a senhora, a dona… dona da nossa própria vida, dos nossos próprios passos, mas saber ser a criança segura o bastante para ser guiada, aquela que sobe no sapato do pai para uma dança…

Ter orgulho de si mesma, deixar o orgulho de lado para consertar um erro…

Viver no exterior uma vida completa…

Viver completamente no interior…

Ver sua loucura no outro…

Não encontrar sua clareza no outro…

Mudar de casa, de cabelo, de faculdade, de vida, de marido…

Amadurecer aos 14…

Ser infantil aos 30…

Encontrar o sentido da vida…para se esquecer cinco minutos depois…

Saber que por mais banal que seja, um cisco no olho incomoda… coçamos, pedimos ajuda pra assoprar e não fazemos mais nada até que aquele cisco seja tirado de nossa frente…ter o dom da analogia e amigos inteligentes.

Sentir uma felicidade absurda com o sorriso de um amigo.

Saber amar… saber se deixar amar. Saber amar a si próprio. Ter amor a Deus.

Ser inteiramente incompleta, somente para continuar com o prazer da busca…

Escrever com reticências por acreditar fielmente que o pensamento continua mesmo depois que a frase termina…

Varias vidas eu vivi… outras várias viverei… sem concordâncias, ou com todo o sentido, com todos os sentidos, por inteira, sempre por inteira, pois sempre é tempo de viver, e para isso, não dá pra ser pela metade…

Parabéns Tammy, pelo seu novo blog!!

Bjxxx,

Faby

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Taí uma coisa que nunca consigo traduzir para o inglês, a diferença entre SER e ESTAR. Quando entendemos um pouco a nós mesmos e o mundo a nossa volta, com todas as suas particularidades, vemos a diferença drástica dessas duas palavrinhas SER e ESTAR. Podemos SER felizes, mas ESTAR tristes ou SER uma pessoa triste, mas em determinado momento ESTAR feliz… O ideal é sermos felizes e estarmos felizes, mas pelo menos quando somos e não apenas estamos, é mais fácil de aproveitarmos os momentos mais baixos, usarmos de forma construtiva e na introspecção avaliar a causa de estarmos nos sentindo assim…

Nesse paradoxo de SER e ESTAR, nos faz muitas vezes errar quanto aos que nos está a volta. Uma pessoa mesquinha que em um determinado momento faz um ato de bondade, se não caminharmos algum tempo com ela, confundimos o ESTAR bondoso com o SER. E no mesmo caso conosco, muitas vezes nos pegamos com sentimentos ruins de vaidade, orgulho, vingança e criamos momentaneamente a visão errônea de que SOMOS aquilo e não apenas ESTAMOS, naquele momento assim. Muitas vezes até usamos desse raciocínio para lidar com o mundo em geral, como na famosa frase : “Você conhece as pessoas não nas horas boas e sim nas más” pois o sentimento ou o melhor o ESTAR feliz, contente, amigável, sociável é cabível a qualquer pessoa, mas somente nas horas ruins que vemos se uma determinada pessoa É verdadeiramente amiga.

Quando pensamos nesse SER e ESTAR da vida, fica mais fácil aceitarmos que somos pessoas boas com erros, e os mesmos não definem a gente. É claro, isso deve ser analisado caso a caso, por nós mesmos e se estamos constantemente em um estado, é que somos aquilo. O que não significa que não podemos mudar quando percebemos que é um modo que não condiz com o ideal que temos de nós mesmos.

Crescimento constante é uma meta que deveria ser seguida por todos, claro cada qual a seu tempo e ao seu modo. Minha meta é sempre buscar uma melhoria, por pequena que seja. Poder olhar para por exemplo 2 anos atrás, estava em um determinado ponto, a 1 ano e meio andei um pouco mais, a 1 ano mais um pouquinho, a seis meses mais um passinho, a 3 mais outro e saber que daqui a 3 olharei para o dia de hoje e verei que sei um pouquinho mais, entendo um pouquinho mais, conquisto um pouco mais… Depois do meu baque que relatei a alguns posts atrás tive uma mega interrupção e na realidade tive que retroceder para avançar,e como falei o recomeço foi a aproximadamente há dois anos, mas independente em qual estado da vida você esteja, quando temos uma meta para SERmos aquilo que acreditamos SER ou almejamos SER podemos buscar ESTAR sempre em contato com o sentimento ou qualidade em questão e assim viramos pessoas mais completas, mais felizes. Isso fica estampado na pessoa, ficamos com mais brilho, como uma pessoa que esta verdadeiramente apaixonada, vemos esse brilho no olhar,no jeito de ser… Bom não sei se me fiz entender, mas se não, taí mais uma meta,SER mais clara 😉 Bom agora ESTOU com sono.

 Bjxx,

 Faby

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Com o início das aulas, o escritório pegando fogo e a aproximação do carnaval fico cada vez mais sem tempo para escrever aqui. Mas quando voltar de viagem pretendo atualizar com mais freqüência. Enquanto isso, resolvi postar uma resenha que fiz no ano passado para a faculdade  do livro “1984” de George Orwell. Num momento que se falam tanto em “Big Brother”, vale a pena ler o livro que usou o termo pela primeira vez.

 

Bjx

Faby

                                            1984  – George Orwell
 

               Quem, neste ano de 2009, lê o livro de George Orwell, 1984, sem saber absolutamente nada do autor, não entenderá o porquê de um livro cujo o tema é tão atual e relevante ter como titulo uma antiga data, vinte e cinco anos atrás pra ser especifica.

               O livro nos mostra uma sociedade fictícia, da qual o governo, através de uma figura mítica do Big Brother, que tudo vê e tudo sabe, é liderada e baseada na massificação da pessoa, na eliminação do individual.

              O Big Brother é cultuado por todos, que são levados a acreditar que somente essa figura, é que traz o bem para a sociedade.  Ter pensamentos originais ou individuais é errado, quanto menos se sabe, melhor é a pessoa.  Um culto a simplicidade máxima, alienação extrema, descensibilização do individuo em prol desse Estado funcional.

            Nele, a verdade não importa, o passado é reescrito de forma com que o presente se ajuste numa visão correta de suas ações. Mas as pessoas não percebem o que ocorre e tem uma lavagem cerebral tal, que mesmo quando o sabem desses reajustes, não entendem o significado maior do mal e até escolhem essa vida desprovida de debates.

           Na historia, um personagem, Winston Smith, começa de forma vaga a tomar consciência. Como uma pequena criança começa a ver e a perceber coisas e fatos que o intrigam. Mas até o fato de estar curioso é  uma novidade para ele, e um medo, já que ser curioso é perigoso e visto como uma pessoa fora dos padrões. Vemos e descobrimos com ele as situações surreais dessa sociedade que cada vez mais vai se parecendo com a nossa.

           Um livro obrigatório, não somente a um estudante universitário, obrigatório para a formação de um ser humano que viva em comunidade. Um livro a ser debatido em salas de aula, casas de amigos ou ate mesmo em um bar.

           Antes que me esqueça, esse livro, com data de 1984, foi escrito em 1948…

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Vivemos em sociedade, e uma coisa que temos em comum com muitos outros paises, é justamente a perplexidade quanto as atitudes dos políticos, nossos governantes….

 Vemos discussões calorosas sobre os conchavos, as traições, os atos covardes, a falta do cumprimento as promessas gritadas nos palanques…

 Não conseguimos acreditar em tantas coisas ruins que são feitas pela necessidade de mais prestigio, mais dinheiro, etc… Vemos entrar ano e sair ano, e uma completa amnésia toma conta do eleitorado, uma cara-de-pau descabível toma conta dos políticos que contando com o descaso de muitos, seguem em novas campanhas para se re-elegerem, nas mesma promessas feitas anteriormente…

 Não moro em Brasília, não tenho uma ligação direta com políticos no meu dia-a-dia, mas sei de uma coisa. Os “políticos corruptos” são pessoas consideradas “normais” até chegarem ao poder. São pais, filhos, amigos, parentes. Então pensei, alguns políticos de amanhã, podem ser hoje as pessoas que estão ao meu lado, a minha sociedade direta. E já que não tenho acesso aos políticos de hoje, será que tenho como ver atitudes nesta sociedade direta, como seriam, ou o melhor, como agem agora, com o pouco de prestigio que tem? Com o pouco de “poder”que possuem? O que eu faço no meu dia-a-dia, minhas atitudes, colocadas em proporções maiores, são realmente corretas?

Uma coisa que minha mãe me ensinou foi: quem rouba pouco, rouba muito… então comecei a observar, já que o “muito” vem estampado nos jornais, as “pequenas” traições, os “pequenos” conchavos, não de pessoas que estão em Brasília, do qual não tenho acesso, e sim de pessoas que estão diretamente ligadas a mim, a “pequena sociedade” os políticos de amanhã…

Ou será que realmente posso somente ficar estarrecida com a foto do Lula e do Collor se abraçando como velhos amigos, sabendo do que um realmente pensa do outro? Sabendo, que por mais que ambos apenas estejam se usando, não importando o que as pessoas que acreditavam neles, em seus ideais, se sintam perplexos, não por verem os dois “fazendo as pazes” mas por saber, que “as portas fechadas”, ainda continuam os “mesmo discursos” ? Se em minha relação social direta vejo esse tipo de situação acontecer, com pessoas, das quais se julgam inimigos, falam mal um do outro para poucos, mas dependendo da situação, se abraçam, soltam sorrisos, e se acham mais espertos por um acreditar ser melhor que o outro? Não posso gritar com o Lula, não posso falar com o Collor. Mas e com as pessoas que estão diretamente ligadas a mim, das quais fazem as mesmas coisas? É meu dever “cívico” tentar explicar o que esta acontecendo? Tenho o direito de ficar tão pasma com isso, quanto ao que os “políticos corruptos” fazem?

Bom, nesse momento vem a turma do… “ah, que isso? Você se estressa com pouco, cuida só da sua vida e deixe de lado, qualquer outra coisa, cuide do que é seu e pronto, não pare para tentar ajudar os outros, você tem sua própria vida pra cuidar…”

Ok, eu entendo, mas neste momento eu vejo, será que essas pessoas que falam isso, colocando no contexto de “Brasília” não seriam as milhares de secretarias, assistentes, que preferem fechar os olhos para as coisas que vêem de errado, ou muitas vezes, nem chegam a olhar, somente para que possam se sentir livre para falar “eu não sabia…” e cuidam apenas do seu serviço, preocupadas somente com o próprio salário, sua própria vida, afinal elas pensam em sua própria família, em como pagar a escola dos filhos, não vai tomar uma atitude com seu “chefe” que na verdade não fez nada para ela especificamente… e porque entrar no “drama” se trabalhando quieta, lhes dá segurança?

Quando pensamos nas “secretarias de Brasília” sentimos um grande desprezo. Mas, e as várias “secretarias” de nossa pequena “sociedade” como sentimos, a respeito delas? São pessoas, muitas vezes querida, até vemos seus pontos de vista, mas se aceitarmos tal atitude,  com que cara poderemos acusar as “secretarias de Brasília”?

Veja bem, não estou, de forma alguma, querendo mostrar o “lado humano” dos “políticos” para que não lutemos pelos nossos direitos, e deixemos de ficar indignados com o que acontece. O que falo é, já que muitos de nós não temos ligação direta com os “poderosos” e sabemos que os “governantes” são apenas uma amostra da sociedade. Que tal, não somente olhar para cima, que tal começarmos também a olhar para os lados? E quem sabe para o espelho? Mudando a sociedade “pequena”, temos mais chances de mudar a “sociedade dos poderosos”, não acham? Se como um todo, as pessoas deixam a covardia de agir direito nas pequenas ações, temos mais chances de termos “novos políticos” corajosos o bastante para agir direito nas “grandes ações”.

 Vejo pessoas agirem de forma “pequena, mesquinha e falsa” com outras e uma vez perguntei, para uma dessas, Porque você age dessa forma, com tal pessoa? E ela me respondeu: “Porque a pessoa é falsa e manipuladora, e iria me colocar em uma situação difícil. Com pessoas que não confio, continuo sorrindo e sendo sociável. Se fizeram comigo, faço o mesmo com elas…”

 Ok, entendo o seu modo de pensar…(o que não significa que concordo!!) Mas, será que usando essa linha de raciocínio, os políticos que roubam hoje, também não poderiam se explicar, que vieram, muitos de uma infância pobre, cujos pais foram sacrificados por políticos de ontem, e hoje somente estão retribuindo o que fizeram com eles na infância ou crescimento?

 Eu acredito fielmente na regeneração do homem. Acredito que podemos crescer, mudar, evoluir. Seja através da fé, da ciência ou dos estudos. Acredito que a busca pelo correto, te deixa muitas vezes isolado, incompreendido por muitos, traído por poucos, desiludido com um ou outro. Mas podemos sim, buscar uma vida mais verdadeira, mais fiel, com governantes honestos, amigos verdadeiros, pessoas do bem que antes de mais nada FAZEM o bem.

Que um dia teremos governantes corretos, pois na sociedade, como um todo, terá mais pessoas corretas e inevitavelmente a parcela eleita, saberá não somente procurar agir corretamente para si própria , mas agir corretamente e ponto final. Sem exceções.

 E o que podemos pensar agora é: E você? Se sua sociedade fosse “Brasília”, quem você seria? Não gostou da resposta? A vida é a melhor forma de evoluirmos, o sentido dela é só esse: EVOLUÇÃO. Comece hoje a mudar o que não gosta em você. Seja sincero mesmo com quem não goste. (é claro, não digo para sair por ai, falando “não vou com a sua cara” para pessoas que mal conhece) mas para  aqueles dos quais nos “abrimos”, os familiares que agem errado ou aqueles dos quais nós agimos errado para com eles…

 Uma coisa que aprendi, é que não precisamos esperar o outro se “tornar bom” para perdoar, não precisamos nem sequer esperar que as pessoas que nos magoam pedirem perdão para perdoar. Então, perdoe quem te magoou, mesmo que você saiba que a pessoa não  aprendeu e inevitavelmente fará de novo, o perdão não significa esquecimento. Saiba como avaliar as pessoas a sua volta, e somente seguir os conselhos daqueles que você julgar mais verdadeiros.  Vamos agir hoje de maneira mais verdadeira, mais amorosa, e quem sabe no amanha, teremos representantes também mais verdadeiros, mais preocupados com o próximo? E também em busca do bem maior?

Nas religiões que seguem Jesus entre elas Católicos, Batistas, e Espírita Kardecistas

Pregam “Conhece-te a ti mesmo” não será mais ou menos isso que Ele quis dizer?

Mudando a nós mesmos, mudamos o mundo.

E ai? Vamos mudar o mundo?

Bjx

Faby

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Ainda estou com o espirito de férias e não parei para escrever por aqui… apesar de ter vááários assuntos borbulhando em minha mente, nenhum está, digamos que, “maduro”. Então deixo aqui um post que li no Facebook de uma pessoa muito querida.

Se for para esquentar, que seja o sol; Se for para enganar, que seja o estômago; Se for para chorar, que seja de alegria; Se for para mentir, que seja a idade; Se for para roubar,que se roube um beijo; Se for para perder,que seja o medo; Se for para cair,que seja na gandaia; Se existir guerra, que seja de travesseiros; Se existir fome,que seja de amor; Se for para ser feliz, que seja o tempo todo!! (Mario Quintana)

Este será meu lema para 2010 e desejo a todos o mesmo.

Bjx,

Faby


Ultimamente resolvi fazer desse Blog, quase como um diário on-line, coisa que nunca me imaginei fazendo, mas, conhecendo ou não, todos nós criamos julgamentos sobre outras pessoas sejam eles bons ou maus. Então, que estes sejam, pelo menos, baseados em quem você realmente é.

Pensando neste novo diário, lembrei dos diários que fazia na adolescência. Varias vezes pensamos o que falaríamos para nós mesmos, se pudéssemos voltar no tempo. Pois bem, isso é impossível, mas, e ao contrário? E com isso resolvi criar esta categoria, “Um conselho pra você…” onde colocarei textos que escrevi  naquela época.

Alerta: Como os novos textos, estes também são basicamente viagens internas, aparentemente sem sentido, feitas puramente para extravasar um pensamento ou sentimento.

Idade – 19 anos

Estou em casa, na minha casa. Escutando SADE e pensando em nada, curtindo apenas. Curtindo minha nova casa, minha nova vida.

Escutando musicas antigas, quando você ganha vida nova, faz você lembrar o passado sem querer estar nele, você começa a querer viver e não apenas reviver.

Tenho o meu trabalho, meu canto, meus amigos, minha família, têm tudo por inteiro e enxergo por inteiro. Sinto cada sentimento da amizade, da responsabilidade, do aconchego que eles me proporcionam.

Gritar é minha vontade, meu desejo de trazer todos, do mundo inteiro para ca e sentir o que sinto neste momento, onde a normalidade é enxergada de uma maneira especial. A casa esta bagunçada, porém minha vida não, meu cabelo esta embaraçado, mas eu não. Nada faz sentido, mas sinto tudo, alegria inocente de quem acorda num domino de sol.

Tudo é perfeito, a calça jeans em cima da cama, o biscoito aberto, a vassoura na sala. Liberdade me faz sentir bem! Ela não me assusta, traz confiança em nós mesmos. Aprendemos que somos capazes e conseguimos mostrar aos outros com medo de envelhecer.

Tudo é belo, lindo, maravilhoso nesta segunda feira a noite onde nada e tudo acontece.

                                                                                                                                                                                                              Fabiana

 

Aos dezenove e vivendo sozinha pela primeira vez, escrevi isso para mim mesma… no texto, mas especificamente na parte “mostrar aos outros com medo de envelhecer” é impressionante… “os outros” sou EU, que aos 32 estou novamente morando com minha mãe e adivinhem… com medo de envelhecer… Este texto me fez pensar muito. Metas em minha vida esquecidas no tempo, espero continuar a buscar cada vez mais… um dia eu encontro.

Bjx

Faby

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Existem alguns blogs cujos posts acho tão interessantes, que apenas o espaço no comentário não seria o bastante para dar minha opinião. Então, resolvi criar esta categoria “Papo de Blog”. Com debates contrários ou não sobre o mesmo tema.

Blog de origem: http://ponderamentosmeus.blogspot.com/2009/12/o-egoismo.html

Lendo o blog de um amigo, me deparei com o tema: egoísmo. Lá, ele nos fala que o egoísmo esta interligado com o fato das pessoas não se colocarem no lugar das outras. Concordo, mas, neste caso, acho que vai um pouco mais além…

A melhor forma pra eu entender um assunto, é quando coloco em um contexto da minha própria vivencia ou experiência, método que aprendi desde o tempo das aulinhas de matemática… “Se você tem uma pizza e come dois pedaços…”

Pois bem, no passado, tive um relacionamento onde a outra pessoa simplesmente exigia 100% de mim. Isso se tornou uma rotina tal, que mesmo quando eu precisava, de digamos, 10 % não o recebia. Sempre tentando me colocar no lugar da pessoa, compreendia que a mesma, não via que eu também precisava, pois me achava mais madura e resolvida, mesmo não sendo isso uma realidade, não podia contar com a mesma para meus próprios problemas.

Aí pensamos, ok, uma pessoa era egoísta e queria tudo para si e a outra não o era. ERRADO !!!!

A meu ver, a vida não é feita com personagens de novela. Onde se tem uma pessoa completamente boa e outra má. Digo isso porque, recentemente, conversando com um familiar… ta bom, ta bom… discutindo com um familiar por a mesma, em um momento que precisava, não me deu 100% de apoio, eis que escuto “Ok, mas você sempre quer 100% da minha atenção… Já parou para perceber que tem vezes que sou eu quem preciso de ajuda? Eu sei que você me considera mais madura e resolvida, mas também preciso de você…”

E naquele momento percebi ( mentira, isso não é um filme, demorei uma semana pra perceber…) e me recordei do antigo relacionamento e me vi exatamente em situação oposta. A moral da historia é temos que nos colocar no lugar das pessoas, até mesmo daquelas que julgamos mais bem preparadas ou que consideramos mais maduras. Pois em nossas vidas este papel muda de relacionamento em relacionamento.

Agora, a triste parte é. Apesar de ter “percebido” isso, não quer dizer que não errarei de novo. Como fumante, vou usar o exemplo do cigarro (pois é, tinha que ter uma metáfora…) Eu sei que o cigarro faz mal, eu quero parar de fumar, e apesar de ter tentado, tive uma recaída… Ou seja, em qualquer aspecto da vida, as tentativas de melhora já contam, mas isso não significa um sucesso imediato.

Bjx

Faby

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Escutamos muitas vezes que uma pessoa corajosa, não quer dizer que seja uma pessoa que não tem medos e inseguranças, mas aquela que enfrenta seus medos.

Quando uma pessoa tem um terrível medo de avião, e deseja se livrar do mesmo, os especialistas indicam enfrentá-lo. Subir no avião e encarar todos os traumas que antes possuía, claro, tudo isso com ajuda e amparo.

Mas e quando sentimos medo do invisível? E quando ficamos inseguros com coisas e situações que estão mais em nossas mentes do que na realidade? Nessa hora, para quem não acredita em Deus, nem precisa continuar… pois aconteceu comigo.

Meus maiores medos e inseguranças sempre vieram essencialmente  de mim mesma, não tinha um avião físico para subir, como resolve-lo? Ai, entra a fé… ah alguns anos tive “Síndrome do Pânico”, uma falta confiança em outras pessoas e em nós mesmos, um medo irreal do social,  coisas que nem mesmo consigo explicar, já que vivi a minha vida inteira de uma maneira “normal” ate entrar nesta crise a uns anos atrás. Para quem não conhece o distúrbio, os medos, não são simples ou justificáveis, mas em situações externas, fora de casa, podem ocorrer a sensação literal que se esta morrendo, a pessoa começa a ter taquicardia, e por vezes parar em um pronto Socorro. Estive numa crise que chegou a esse ponto por duas vezes, e o que ocorre é: depois disso, começa o pânico de ter pânico. Sempre acreditei em Deus e mesmo nas diferentes religiões por qual passei, sempre esteve presente em minha vida. E o que mais pedia a Ele, era a superação disso, dessa terrivel sensação de impotencia diante da vida, não pedia namorado, dinheiro, nada. Queria apenas re-aprender a viver. Desde meados do ano passado, com ajuda e compreensão das pessoas que me amam, fui saído do casulo, recomeçando a minha vida, enfrentar esse invisível e verificar que nem todo mundo quer meu mal, na verdade as pessoas estão também inseguras e com medos, cada qual no seu tamanho.

No meu caso, por ser um problema basicamente social, apesar de ter afetado todos os outros aspectos da minha vida, fui reconquistando aos poucos a minha vida, familiar, profissional, meu EU verdadeiro.  Apesar de me expor e me abrir a pessoas, que antes disso, não me associaria por diferenças de criação ou moral, apenas uma confiei todo o meu ser… durante todo o convívio fui continuando a dar passinhos nas outras áreas também, mas essencialmente ajudava e era ajudada. Num supra-sumo de querer ser verdadeira comigo e com os que estavam a minha volta, sempre deixei claro a minha inaptidão de digamos, subir no avião, porém, mesmo com medo, insegurança embarquei nesta viagem.

Se essa historia fosse um filme, o avião em questão teria me levado a um lugar maravilhoso… mas não o é. E o que eu pedia a Deus, não era isso, era justamente superar o medo. E minha viagem foi cheia de turbulências, das quais algumas soube me portar e outras entrava em pânico, mas ao final não houve nem ao menos uma aterrissagem, o avião CAIU.

Ele caiu de tal forma que é claro, fiquei aturdida, mas ao final o que era irreal e invisível começou a ser real. Vi pessoas sem nenhum tipo de consideração, optarem por atitudes pura e simplesmente feitas para magoar as outras. Falsidades e venenos que escorrem de lábios ditos com maldade, numa mistura de raiva e prazer de magoar. Situações onde fiquei completamente exposta, sozinha, julgada, olhada, com sussurros, fofocas e indiretas.  Ou seja, o avião deu perda total! Mas apesar de não ser um filme, esta história tem um final feliz, pois vi também que existem pessoas amigas, sinceras, que tem compaixão ao próximo. Durante toda a turbulência, vi que não estava só. É claro que se tivesse uma aterrissagem tranqüila, mesmo que com turbulência, ainda ficaria um resquício de duvida se, em um desastre, meu medo voltaria. E Deus deixou que tudo acontecesse, uma situação descabível ocorresse, para mostrar, que sim. Eu venci o pânico. Esse medo imaginário, que me paralisava. Que a realidade de tudo doeu menos que as invenções na minha própria cabeça. Agora tenho a certeza de poder andar e aceitar as pessoas em minha vida mesmo que essas pensem diferente de mim, e força para afastar as que me fazem mal, sem que com isso eu fique mal também.

E quanto ao piloto? Sim, tem a responsabilidade de todas suas escolhas e de todos os seus atos, mas isso não vem ao caso, pois sei que se não fosse esse, seria outro, isso é o livre arbítrio, a pessoa em questão vai sim, passar por suas próprias provas como todos nós, pois, para mim, não viemos aqui a passeio, viemos com o intuito de evoluir. Tem gente que só fala de Deus, quando perde um ente querido, ou ao final de um relacionamento. Temos que enxergar Deus em tudo. Isso não quer dizer que sejamos perfeitos ou carola. Eu mesma, não me orgulho de ter escolhido gritar e xingar numa atitude completamente descontrolada, ao invés de apenas me afastar de tal individuo. Porque procurar evoluir, crescer e mudar não é uma coisa que se decide uma hora e se consegue no mesmo momento. A gente tem que dar os próprios passos e certamente iremos tropeçar no meio do caminho. A coragem de continuar, mesmo que errando, era exatamente o que eu queria. Porque a vida consiste disso, quando não olhamos para nossa própria vida, uma hora teremos que encarar as consequências. As provas virão, e parte de nós mesmo nossa preparação.

E agora, com grupos cada vez maiores, de amigos de agora, amigos do passado, amigos de copo, amigos de choro, amigos de samba. Posso continuar a evoluir a novas etapas que preciso trabalhar, mas sem pânico, apenas com um medo, aquele que nos faz corajosos de ser e de agir.

Faby

PS: Vale a pena dizer que provavelmente ha dois anos, não tenho uma crise.

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